Sabe-se que a leitura, de um modo geral, descortina novos conhecimentos e desenvolve capacidades como a formação de pensamento, do raciocínio e da argumentação, contribuindo para a realização de conclusões e ajudando cada um a se expressar melhor. Nesse cenário, os estudantes do ensino fundamental II (período matutino), a partir do projeto Eu, Detetive! que procura desenvolver o hábito da leitura por meio da ludicidade e da criatividade, a partir da literatura policial, um dos gêneros mais lidos em todos os tempos, puderam entrar em contato com o dia-a-dia de detetives e técnicos forenses.

Durante as primeiras semanas de março, os estudantes participaram ativamente de atividades interdisciplinares que envolviam a investigação científica. Uma parceria entre as professoras de Língua Portuguesa Camila de Almeida Lara e Elisabete Baú de Góis e a professora de Química Deise Maria, propiciou que todas as turmas se engajassem em descobrir, a partir de experimentos realizados no laboratório de química da escola, o possível culpado pelo desaparecimento de um famoso professor.

As turmas do sexto ano deveriam procurar rastros de sangue no laboratório e nas roupas do famoso cientista, enquanto a turma do sétimo ano ficou responsável por localizar impressões digitais no local do desaparecimento. Já os alunos do oitavo ano decifraram mensagens escritas com tinta invisível e os estudantes do nono ano procuraram pistas deixadas através de rastros de sapato. A partir das evidências encontradas, cada estudante poderá finalizar a narrativa criada pelas professoras e apontar os possíveis culpados por esse caso que intrigou toda escola.

Além disso, em parceria com os professores de Educação Tecnológica Marcelo Peres e Marciel Moraes e do professor de matemática Leandro, os estudantes do 8º ano participaram de uma palestra com o Sr. Ruy Fernando Garcia, perito em impressão digital do Instituto Geral de Perícias de Santa Catarina.  Rui demonstrou aos estudantes as principais estratégias e técnicas utilizadas pelos técnicos forenses na resolução de crimes e desaparecimentos e também mostrou como o trabalho desenvolvido pelo IGP é de suma importância em nosso cotidiano.

De acordo com as professoras Camila e Elisabete, as atividades desenvolvidas visavam estimular os estudantes a buscarem saber mais sobre técnicas investigativas e também sobre a investigação científica como um todo além de estimular o desejo de ler os livros selecionados para o primeiro trimestre. A etapa inicial desse projeto foi um grande sucesso, que envolveu toda a escola e despertou em todos o desejo de conhecer mais esse gênero literário, explorar suas principais características e reconhecer alguns autores que se destacam no cenário literário nacional e internacional.