Animal de estimação para crianças: mitos e verdades

Quer saber mais sobre ter um animal de estimação para crianças? Veja os mitos e verdades e como esta relação pode trazer benefícios para os pequenos.

A convivência entre crianças e animais é uma experiência enriquecedora e que pode influenciar positivamente o desenvolvimento infantil. Desde os primeiros momentos de interação com um animalzinho, os pequenos aprendem lições valiosas sobre empatia, responsabilidade e respeito pelos seres vivos ao seu redor. A presença de um animal de estimação para crianças oferece uma fonte constante de companhia, proporcionando a oportunidade de desenvolver laços afetivos e compreender a importância do cuidado mútuo.

Além disso, a interação diária com um animal promove a prática de atividades físicas, estimulando um estilo de vida saudável desde a infância. Passeios ao ar livre, brincadeiras e o próprio ato de cuidar do animal contribuem para o desenvolvimento motor e cognitivo das crianças. A responsabilidade associada aos cuidados com um ser vivo também ajuda a desenvolver habilidades de organização e gestão do tempo.

No aspecto emocional, a presença de um animal de estimação pode ser reconfortante e terapêutica. A relação de confiança estabelecida entre a criança e seu bichinho cria um ambiente seguro para a expressão de sentimentos, ajudando a desenvolver habilidades emocionais e sociais. Essa conexão oferece um suporte emocional que pode ser especialmente benéfico durante momentos desafiadores da infância, promovendo a resiliência e a autoconfiança.

No entanto, antes de trazer um novo membro para a família, muitos pais e mães têm dúvidas e receio sobre os benefícios e mitos envolvendo a convivência entre crianças e animais. Neste artigo, vamos mostrar alguns mitos e verdades e quais aspectos devem ser considerados antes da decisão de ter um animal de estimação para crianças. Acompanhe!

Benefícios da convivência das crianças com animais de estimação

A convivência com animais desencadeia uma série de benefícios para o desenvolvimento infantil, indo muito além da simples companhia e presença de um animal, e abrangendo áreas físicas, cognitivas e emocionais. Por isso, os benefícios dessa convivência são inegáveis, proporcionando oportunidades únicas tanto para os pequenos quanto para os pais.

Através da convivência com um animalzinho, a criança pode:

• desenvolver empatia e responsabilidade;
• estimular a atividade física, promovendo um estilo de vida mais saudável;
• contribuir para o desenvolvimento emocional e social da criança, fortalecendo laços afetivos.

No entanto, pais e responsáveis precisam estar atentos ao fato de que ter um animal de estimação para crianças não é como ter um novo brinquedo. Desde cedo deve ficar muito claro que aquela nova vida que passa a fazer parte da família exige cuidados diários, atenção, carinho e responsabilidades, que não podem recair sobre as crianças. 

Mitos sobre ter animais de estimação

Existem muitos mitos relacionados à convivência entre animais e crianças, que muitas vezes levam a família a adiar ter um cão ou gato, ou ainda proibir a presença deles em casa a qualquer custo. Isso, infelizmente, ocorre por conta da desinformação. Veja a seguir alguns mitos relacionados à presença de um animal em um lar com crianças:

Animais são apenas uma distração

Este é um mito que precisa ser derrubado. Afinal, animais de estimação são seres vivos, com necessidades específicas, e que podem ser instrumentos valiosos para o desenvolvimento cognitivo e emocional, proporcionando oportunidades para aprendizado e crescimento.

Crianças não conseguem cuidar de animais

É claro que existem certas responsabilidades que devem ficar com os pais, como manter a saúde do animal em dia com vacinas, castração, idas ao veterinários, etc. Mas com a supervisão adequada dos adultos, as crianças, a partir de uma certa idade, podem aprender a cuidar dos seus animais, promovendo responsabilidade e empatia desde cedo. Colocar água e comida nos horários certos, escovar os pelos, entre outros cuidados simples, também ajudam a desenvolver o senso de rotina.

Bichos de estimação podem desencadear alergias

Qualquer processo alérgico que possa ser desencadeado pela presença de pelos de animais já é pré-existente na criança, e poderia vir à tona em qualquer circunstância. Ou seja, não há nada no animal que possa desenvolver uma alergia nova no seu filho.

Desmistificando a crença de que animais de estimação são vilões alérgicos, é importante esclarecer que, na verdade, eles podem contribuir para o fortalecimento do sistema imunológico infantil. Estudos indicam que a convivência entre bebês e animais pode funcionar como um treinamento para o sistema de defesa do organismo. 

Essa interação precoce ajuda as defesas a lidarem com agentes externos, como poeira e pelos, e alguns estudos até sugerem uma influência positiva na composição da microbiota intestinal, essencial para as defesas do corpo.

Cachorros, gatos ou outras espécies podem deixar seu filho estressado

Ao contrário do mito, um animal de estimação para crianças – e também para os adultos – atua como excelente regulador de estresse. Atos simples, como acariciar os pelos de um cachorro, desencadeiam a liberação de hormônios como a ocitocina. Essa substância não apenas fortalece os vínculos emocionais, mas também promove uma resposta psicológica e fisiológica mais equilibrada ao estresse. Portanto, ter um pet pode ser um aliado poderoso na promoção da saúde mental infantil.

Animais são perigosos para crianças

A ideia de que um animal de estimação para crianças representa perigo é frequentemente superestimada. Com cuidados básicos e escolhas conscientes, o risco de incidentes é praticamente nulo. Ao selecionar raças conhecidas por sua docilidade e introduzir animais desde filhotes na presença de crianças, os benefícios superam os receios. Ao invés de representarem ameaças, esses fiéis escudeiros tornam-se companheiros protetores, proporcionando uma relação saudável e segura para o desenvolvimento dos pequenos.

Animal de estimação para crianças: o que deve ser considerado?

O aprendizado, a diversão e o amor compartilhados entre crianças e animais contribuem para uma infância mais rica em experiências e promovem valores essenciais que moldarão a personalidade ao longo da vida.

No entanto, a decisão de introduzir um animal de estimação para crianças na rotina da família é complexa, envolvendo considerações práticas e emocionais. Avaliar cuidadosamente alguns aspectos pode ajudar na tomada de decisão de algo que precisa ser definitivo, pois um animal não pode simplesmente ser descartado porque trouxe alguns pequenos problemas, ou porque a família vai se mudar, entre tantos outros motivos que são usados para o abandono.

Por isso, considere o seguinte antes de levar um animalzinho para casa:

Espaço disponível

Ter um animal de estimação requer espaço, seja em apartamento ou casa. Por isso, avaliar o ambiente em que a família vive é essencial para garantir que o animal tenha condições adequadas de vida. Aqui, não se trata de um espaço físico enorme, mas de assegurar um lugar para o pet que seja confortável para ele e que não comprometa a rotina do ambiente.

Segurança da família

A segurança de todos os membros da família, incluindo a criança e o animal, é prioritária. Certos animais têm comportamentos específicos que podem não ser adequados para conviver com crianças pequenas, demandando uma escolha cuidadosa. A dica aqui é pesquisar muito, procurar informações com especialistas em comportamento animal e, principalmente, jamais escolher um cão por ser da “raça da moda”.

Questão financeira

Animais de estimação implicam em despesas financeiras, desde alimentação até cuidados veterinários. Antes de decidir, é importante analisar o orçamento familiar e garantir que os custos mensais associados ao animal estejam contemplados.

Tempo demandado

Cada animal tem suas próprias necessidades de tempo e atenção. Considerar o cronograma familiar e se há disponibilidade para cuidar do animal, fazer passeios diários (pelo menos dois), proporcionando a atenção e os cuidados necessários, é essencial para não gerar problemas e arrependimentos.