Você já sentiu frustração por não conseguir lidar com um comportamento desafiador do seu filho? Saber usar a comunicação não-violenta para estabelecer regras e limites na infância e adolescência é fundamental para a formação saudável da criança, que vai sentir mais segurança e ficar muito mais confiante, estimulando o autocontrole, aprendendo a viver em família e em sociedade.
Às vezes, pensamentos como esses são comuns:
“Será que estou proibindo demais, ou sendo muito permissiva(o)?”
“Deveria ser mais rigorosa(o), ou talvez pegar mais leve?”
É verdade que esse é um desafio e tanto, não é à toa que seja uma questão muito frequente entre os pais e mães. Os pequenos crescem e querem também começar a praticar sua autonomia, de acordo com suas próprias vontades.
Diante disso, como estabelecer regras e limites na infância e adolescência sem exagerar?
Continue a leitura e entenda mais sobre o assunto.
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A importância de aprender a dizer “não” às crianças
Muitos pais, mães e outros agentes educadores têm medo de dizer “não” (quando necessário) e estabelecer regras aos pequenos. Porém, estabelecer limites é essencial para que a criança se desenvolva e se torne um adulto saudável, com autocontrole, que conheça seus limites e saiba lidar com momentos de frustração.
Estudos têm demonstrado que a maior parte dos pais de crianças com autoestima elevada apresentam um estilo educativo chamado de democrático, ou seja, esses pais combinam amor e aceitação com o cumprimento de regras estabelecidas em conjunto.
Ao estabelecerem regras consistentes e claras, as crianças passam a saber qual comportamento é esperado delas, o que as ajuda a desenvolver maior controle interno e considerar as exigências do mundo exterior, estando mais preparadas para os desafios.
Confira a seguir a lista de benefícios que estabelecer regras e limites na infância podem proporcionar:
- Ensina sobre referências, limites e firmeza;
- Ensina valores e convivência em família e sociedade;
- Proporciona à criança a sensação de segurança e apoio;
- Ensina à criança que os pais são capazes de dizer “não” e permite que ela também mais tarde saiba dizer não quando necessário;
- Leva a criança a perceber e aprender que são os adultos que têm a autoridade;
Dizer não às crianças ainda pode prevenir aspectos futuros indesejados, como:
- Falta de autonomia;
- Falta de autoconfiança;
- Excesso de dependência emocional;
- Complexo de superioridade.
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Como estabelecer regras?
É importante começar dizendo que cada família tem seus valores e rotinas, por isso, as regras para as crianças serão diferentes. Entre as mais comuns, podemos ressaltar os horários para fazer as refeições e dormir, guardar os brinquedos quando não quiser mais usar, lavar seu prato após o jantar, rotinas de higiene… e por aí vai.
O ideal é introduzi-las de forma clara na rotina, conversando e explicando aos filhos, além de responder suas dúvidas. Combine com seu filho o que é preciso fazer, por que é importante e quais as consequências do descumprimento das regras. Vale destacar também que as regras precisam estar de acordo com a idade da criança ou adolescente.
Outra dica importante é dar um pouco de liberdade dentro da regra, permitindo que seu filho faça escolhas durante o processo. Isso garante flexibilidade sem perder autoridade. Por exemplo, a criança pode escolher, em alguns casos, a ordem das coisas que precisa fazer (como escovar os dentes e depois guardar os brinquedos, ou vice-versa)
À medida que seu filho(a) vai crescendo, a flexibilidade de algumas regras pode aumentar, permitindo uma negociação e participação maior da criança/adolescente aos estabelecê-las. O processo de combinar e negociar entre pais e filhos é importante para trabalhar responsabilidade e compromisso com as crianças.
Por outro lado, há regras inegociáveis, como fazer a lição de casa, estudar para a prova, ir às aulas extracurriculares, entre outras.
Regras e limites na infância: como lidar sem desgastar o relacionamento em casa
Para que a criança não sinta que os adultos estão apenas querendo controlá-la e sinta-se inferior, desamparada e injustiçada, é muito importante explicar as razões das regras e dos “nãos”. Isso dá à criança a capacidade de conviver e aceitar outros pontos de vista.
Outro ponto importante para não desgastar o relacionamento em caso ao estabelecer regras e limites na infância é que elas sejam claras, coerentes, firmes, constantes, consequentes e, como dito anteriormente, adequadas à faixa etária da criança.
Lembre-se que as regras são fundamentais, mas atente-se para que isso não torne a rotina da família muito rígida e inflexível. Tudo deve ser conversado e feito em equilíbrio, de forma a contribuir para que a criança explore o ambiente, respeite seus limites e também consiga, progressivamente, atingir sua maturidade de forma saudável .
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Como agir diante de comportamentos da criança que devem ser desencorajados?
Agora você já sabe a importância e como estabelecer regras e limites na infância e adolescência. Mas quando a criança tem comportamentos que precisam ser desencorajados, como agir?
Confira algumas sugestões:
- Garanta que as regras estejam bem claras;
- Deixe explícitas as consequências do desrespeito às regras;
- Aplique as consequências que foram estabelecidas;
- Aplique a técnica de retirada (de forma breve e repetida), como, por exemplo, levar a criança para um local sossegado onde possa se acalmar e conversar.
Em caso de comportamentos benéficos para o seu desenvolvimento, ou seja, aqueles que devem ser encorajados, a orientação é:
- Mostre para a criança que seu comportamento foi adequado;
- Elogie por meio de palavras e de ações. Por exemplo, expressar orgulho, abraçar, sorrir, etc;
- Ajude-a a identificar a ligação entre suas ações e resultados bem-sucedidos;
- Estimule a criança a prosseguir com essa atitude.
Você percebeu ao longo deste conteúdo como é importante estabelecer regras e limites na infância e adolescência? Agora está mais preparado para começar a praticar na sua família? Lembre-se: esse é um ato de amor que contribui para a autoestima e o crescimento saudável dos pequenos.
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