Hoje em dia, o acesso à informação está muito fácil. Com um pouco de pesquisa é possível encontrar qualquer tipo de conteúdo, sem nenhuma moderação ou restrição. Os jovens estão cada vez mais abertos e ponderando menos o que postam sobre suas vidas nas redes sociais. Diante disso, é comum surgirem problemas como o cyberbullying. Assim, é essencial que os pais, principalmente, monitorem seus filhos. Com algumas medidas, é possível manter a navegação segura, e isso deve fazer parte da rotina de cada pai.
O acesso aos recursos digitais faz parte do cotidiano da maioria dos jovens. Algumas medidas de segurança devem ser tomadas a fim de evitar que complicações maiores possam surgir. Todo jovem deve ser orientado sobre o uso dessa tecnologia. Conforme avançam em idade, devem ter consciência de seus atos no meio virtual, das informações que passam e até mesmo daquilo que comentam ou curtem nas redes sociais. Muitas pessoas acreditam que o que se escreve na rede social alheia não pode lhe trazer problemas, mas se enganam, pois uma simples curtida em um comentário negativo ou ofensivo gera responsabilidade por difamação.
Muito comum nos meios digitais, como citado, é o cyberbullying, que se refere ao bullying praticado no ambiente virtual, envolvendo a publicação de conteúdo ridicularizante. De acordo com a legislação vigente, bullying é “todo ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo, que ocorre sem motivação evidente, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la, causando dor e angústia à vítima, em uma relação de desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas” Um veículo de comunicação, devido à velocidade de propagação e compartilhamento do conteúdo, pode tornar esse problema um caminho sem volta.
Os pais devem manter-se atentos aos sinais que podem surgir quando algum problema envolvendo o mundo virtual esteja ocorrendo. Em uma entrevista com a advogada especialista em Direitos Digitais,
Diante disso, é de extrema importância que, para uma navegação segura, os pais tenham controle sobre as atividades e os acessos ao conteúdo digital dos jovens, até mesmo para saber se o ambiente digital é adequado à idade. Grande parte das ferramentas disponíveis no mundo online solicita a data de nascimento ao entrar ou cadastrar-se, e para terem acesso os jovens costumam mentir sua idade, valendo lembrar que isso é considerado falsa identidade. De acordo com Patricia, devido à idade, a responsabilidade em relação aos acessos e uso da ferramenta digital é de quem permite o uso e não de quem fornece o produto.
Além dos pais, os educadores também podem e devem tratar do tema para conscientizar as crianças. Nas escolas, o uso de tecnologias durante as aulas também está crescendo. Diante desta nova realidade, é fundamental tratar o assunto com a devida importância, principalmente quando o uso está disponível durante as aulas. Saber orientar até que ponto o aluno pode ir, os limites éticos e legais, sites que não são convenientes… indicar os que podem ser interessantes e deixar claro que o respeito no mundo virtual é tão importante quanto no mundo real.
Prevenção é sempre a melhor forma de evitar inconvenientes. Ter total controle sobre o que os jovens e crianças fazem no ambiente virtual é quase impossível. Caso algum incidente venha a acontecer, como uma publicação ofensiva feita por terceiros, a denúncia do conteúdo deve ser feita o mais rápido possível na própria plataforma em que foi feita a publicação e o registro da tela como prova.
O que fazer em caso de ataque virtual
- Guarde as provas: imprima ou faça cópia da tela contendo a publicação. Caso a publicação seja áudio ou vídeo retirados do seu computador, deve-se isolar o equipamento desconectando-o da internet para manter o conteúdo intacto.
- Registre a ocorrência: Registre Boletim de Ocorrência em uma delegacia. Leve as provas até um cartório e registre uma Ata Notarial. Esses documentos serão fundamentais caso seja necessário mover uma ação contra os infratores.
- Procure uma solução amigável: Caso seja possível o contato com os infratores, solicite a exclusão do conteúdo com retratação. Se o pedido for negado, a exclusão poderá ser solicitada diretamente para o gerenciador da plataforma digital, informando que se trata de uma publicação sem permissão a respeito de menor de idade.
- Procure seus direitos: Caso não haja a retratação ou remoção da publicação, você poderá mover uma ação jurídica contra os responsáveis, nas esferas cível e criminal. Para este caso, será necessário a contratação de um advogado.
Dicas para uma Navegação Segura
- Adicione somente conhecidos: o bom e velho conselho dos pais. Evite ao máximo aceitar convites de amizade feitos por estranhos, nunca se sabe o que se passa por trás da tela alheia.
- Moderar as postagens: você não precisa divulgar todos os seus passos nas redes sociais, seja o mais discreto possível.
- Acesso ao álbum: deixe seus álbuns de fotos para somente amigos visualizarem.
- Perfil básico: seu perfil não precisa ter todos os detalhes sobre sua vida, coisas como seu endereço ou número de telefone não devem ser divulgados.
- Senha: a senha é somente sua, não compartilhe com ninguém além de seus pais.
- Cuidado com downloads: fique atento ao que você baixa, links contendo vírus é muito comum e por meio dele é possível ter acesso a todos os dados disponíveis no eletrônico.
O Governo Federal junto à coordenação da Subsecretaria de Promoção dos Direitos da Criança desenvolveu uma cartilha contendo dicas e orientação sobre os cuidados com o ambiente virtual para uma navegação segura. Vale a pena uma visita ao site!
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O Ensino Fundamental II marca uma nova e importante etapa na vida acadêmica dos alunos. As mudanças que ocorrem neste momento são evidenciadas pelos seguintes aspectos:
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