Brigas entre irmãos: 7 dicas para melhorar o relacionamento entre eles

Apesar de comuns, as brigas entre irmãos sempre são motivo de preocupação para os pais. Entenda como contornar os conflitos e melhorar o relacionamento familiar.

Filhos pequenos ou adolescentes que não se desentendem vez ou outra são quase uma raridade. Na maioria das famílias, as brigas entre irmãos são bastante comuns, porém, em alguns casos se tornam mais preocupantes. Sobretudo quando há uma frequência muito grande de conflitos, que podem ocorrer pelos motivos mais variados. 

O grande desafio, nesses casos, é lidar com a situação de forma equilibrada, sem tomar partido e sem punições exageradas. Para isso, é preciso entender o que está por trás das brigas entre irmãos e buscar maneiras de orientar para o diálogo diante das divergências.

Ainda que faça parte do desenvolvimento infantil vivenciar situações de rivalidade, competição ou mesmo ciúmes, o acolhimento e a compreensão dos motivos que cada parte apresenta são fundamentais. Nesse sentido, os pais se tornam mediadores da relação entre irmãos.

E para ajudar a lidar com as brigas, preparamos neste artigo 7 dicas que contribuem para melhorar o relacionamento entre os irmãos. Confira!

Por quais razões as brigas entre irmãos são tão comuns?

Numa família com dois ou mais filhos, a convivência entre os irmãos é a primeira experiência social da vida da criança, num contexto bastante diferente da amizade, que ocorre por escolha, e não por obrigação. Dentro desse aspecto, podemos dizer que as diferentes personalidades podem tanto se atrair quanto se repelir, e isso é normal dentro do convívio humano. 

No entanto, a ideia de que a família precisa se dar bem a todo custo, e de que todos devem se amar incondicionalmente acaba por criar um tabu de que as brigas entre irmãos são algo muito errado e que não devem jamais acontecer. Mas elas acontecem, por diversos motivos que são absolutamente normais, e devem ser encarados com naturalidade, tranquilidade e paciência.

Embora haja afeto, amor e respeito entre os irmãos, trata-se de duas pessoas com desejos, interesses e personalidades distintas, que estão sendo obrigadas a conviver. Além disso, fatores que envolvem o ambiente familiar – que pode ser mais ou menos acolhedor – também influenciam no comportamento das crianças.

Um ponto importante é o de que a criança que chega primeiro, durante algum tempo, tem a atenção dos pais toda pra ela, assim como seus pertences. A chegada de um irmão pode desencadear um sentimento de perda, onde o ciúme aparece, gerando implicâncias e brigas. Mas há ainda outras causas das brigas entre irmãos, como por exemplo:

  • fatores genéticos;
  • ambiente familiar conflituoso;
  • diferença de idade e de posição;
  • amizades;
  • personalidades incompatíveis;
  • diferenças na forma de tratamento.

Cabe ainda enfatizar que a questão da diferença de tratamento pode não ser algo consciente da parte dos pais, mas que a proteção ou o privilégio maior de um dos filhos pode, sim, acontecer, o que acaba reforçando uma ideia de competição entre os irmãos. 

Por isso, é tão importante que a família esteja atenta ao modo como trata cada filho, buscando evitar comportamentos que estimulem as brigas, ainda que eles não sejam propositais, obviamente. E entender que isso é normal, para que a culpa não acabe se tornando um peso ainda maior, que interfira na resolução dos conflitos.

7 dicas de como lidar com as brigas entre irmãos

É evidente a angústia que mães e pais sentem quando as brigas entre irmãos se tornam muito frequentes. No entanto, este é um problema que deve ser encarado com calma e uma boa dose de paciência. É o tal “não jogar lenha na fogueira”. Pois numa situação de conflito, quanto mais estresse for gerado, mais difícil é fazer os ânimos se acalmarem, não é mesmo?

Outro ponto importante é que os pais não devem ocupar o lugar de juízes, apontando este ou aquele culpado para dar-lhe uma punição. Com toda certeza, esse tipo de atitude só irá inflar a disputa e criar uma distância maior entre os irmãos. Além disso, ao resolver o conflito, os pais tiram dos filhos a oportunidade de aprender a lidar com seus próprios problemas e a desenvolver sua inteligência emocional

A seguir, separamos 7 dicas de como se portar diante das brigas entre irmãos, lidando com a situação da melhor forma. 

1. Saiba o momento certo de intervir

Logicamente que as brigas entre irmãos causam irritação e até impaciência por parte dos pais, fazendo com que intervenham para acabar logo com a discussão. No entanto, é preciso saber o momento certo de se colocar entre eles. Nesse sentido, a primeira coisa a se fazer é observar o modo como eles se expressam e buscam uma saída. 

Deixar que as crianças se resolvam é importante, pois a vida lhes apresentará dificuldades e elas devem estar preparadas para isso. Contudo, é importante estar atento caso surjam ofensas mais sérias e agressões físicas, pois este é o momento de interferir e apaziguar a situação.

2. Evite reforçar papéis

Infelizmente, alguns pais e mães acabam tomando partido e rotulando os filhos quando as brigas são constantes, reforçando papéis de “vítima” e “culpado”. Geralmente isso ocorre quando a briga envolve o irmão caçula, que tende a ser o protegido.

Consequentemente, o irmão mais velho acaba sobrecarregado de responsabilidades, o que pode causar sérios danos emocionais. Por isso é importante evitar esse tipo de atitude, sempre ouvindo os dois lados, sem invalidar os argumentos.

3. Dê ouvidos aos dois lados da história e seja justo

Na continuação do que dissemos acima, sobre não reforçar papéis, entramos na questão de buscar sempre uma avaliação justa em situações de brigas entre irmãos. É muito comum que o irmão mais velho seja apontado como culpado, ou como quem deveria evitar brigas por ser “mais responsável”. Quando, na verdade, nenhum deles possui ainda a maturidade necessária para esse tipo de questão.

Portanto, ao intervir numa briga, ouça os argumentos, dê chance para que os dois lados se expliquem e busque uma solução que seja justa, conforme a idade e a capacidade de entendimento da criança.

4. Proponha que eles mesmos encontrem a solução para contornar o problema

A tendência dos pais é sempre tomar as decisões para resolver o conflito. Mas, na verdade, o ideal é propor que os irmãos busquem, eles mesmos, uma solução para o problema. Ao interferir na briga e mandar cada um para o seu “canto”, os pais resolvem a briga momentaneamente, mas a longo prazo o problema persistirá.

Ao dar aos envolvidos a chance de resolver conforme seu entendimento, se promove um estímulo à autocrítica – que é benéfica quando bem dosada – e ao amadurecimento das crianças, uma vez que será necessário pensar nas causas do conflito para encontrar uma solução.

5. A conversa sempre será o melhor caminho

Qualquer que seja o motivo das brigas, conversar é sempre a melhor estratégia para resolver um conflito. E isso vale para qualquer pessoa em qualquer faixa etária.

Portanto, promover o diálogo é fundamental, e essa tarefa cabe aos pais: ensinar os filhos a conversar e expressar seus sentimentos de forma pacífica. Aprender o momento de falar e de ouvir os torna pessoas mais equilibradas, resilientes e sensatas. No futuro, poderão enfrentar os percalços da vida com muito mais força e sabedoria.

6. Promova a relação afetiva entre os irmãos

Reforçar as qualidades e os pontos positivos de um irmão para o outro é fundamental, de modo que possam enxergar e compreender o que cada um tem de melhor, se sobressaindo aos defeitos que geram as brigas. Esta é uma forma de reforçar os laços afetivos, que já existem, mas ficam encobertos pelas divergências. 

É responsabilidade dos pais para com os filhos fazer com que aprendam com as diferenças, reconheçam as semelhanças e se respeitem acima de tudo.

7. Evite punições excessivas

As brigas entre irmãos podem gerar nos pais uma sensação de que não devem deixar o mau comportamento passar impune. Porém, as punições excessivas podem causar ainda mais revolta, e aumentar as brigas. É como se “o tiro saísse pela culatra”. 

É claro que, a depender do tipo de comportamento e da gravidade, cabe algum castigo. Mas apesar de sabermos que as crianças aprendem com as consequências dos seus atos, punições sem um fundo educativo de nada adiantam, pois não se justificam. É preciso levar à reflexão sobre aquele comportamento. Ser incisivo, mas nunca agressivo.

Ensino Fundamental 1 - do 1º ao 5º ano

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12/05/2022
Kélen Oliveira