Criança no celular: cuidados, limites e perigos do uso excessivo

Confira alguns cuidados importantes com a criança no celular e como evitar o uso excessivo, que é prejudicial à saúde física e mental dos pequenos.

Assim como a Geração Z (nascidos entre meados dos anos 1990 a 2010), a atual geração, chamada de Alpha, já nasceu imersa na tecnologia. Isso significa que as crianças e adolescentes de hoje são marcados pela Era da Internet, e que suas atividades se estabelecem muito facilmente no ambiente digital. Por isso é tão comum acreditar que uma criança no celular durante a maior parte do tempo seja algo natural, e desconsiderar os perigos que isso pode trazer.

Afinal, todo o domínio que elas têm sobre a tecnologia faz com que se preocupem menos com as relações interpessoais. Da mesma forma, seus meios de diversão também passam a ser digitais, como jogos online, vídeos nas redes sociais e tudo que envolva tecnologia.

Diante desse cenário, que é tão diferente da realidade infantil vivida nas décadas anteriores, pais e mães, ao passo que encaram esse novo tempo com certa naturalidade, também se questionam sobre as consequências de ter uma criança no celular, tablet, computador… Ou seja, as telas predominam o dia a dia das crianças. 

E o que fazer diante disso?

Acompanhe o artigo e veja alguns cuidados e a importância dos limites para evitar o uso excessivo desses dispositivos.

Criança no celular: quais cuidados devemos ter?

Deixar a criança no celular por muito tempo sem supervisão pode trazer consequências bastante sérias. Por isso, é importante ter alguns cuidados, pois sem controle, os pequenos ficam suscetíveis a perigos. Veja a seguir alguns exemplos:

Conteúdos inapropriados para a idade

Muitos pais não fazem ideia do tipo de conteúdo que os filhos consomem quando estão na internet. E este é um cuidado que se deve ter com a criança no celular: ativar o controle parental.

Afinal, a rede está cheia de conteúdo inapropriado para os pequenos, como conteúdos de violência, linguagem imprópria para a idade de criança, vídeos sensuais, entre outros. Além disso, existem muitos conteúdos que parecem infantis, mas na verdade se trata de conteúdo adulto com essa temática.

Problemas associados à saúde mental da criança

Um ponto bem importante — e preocupante — é o quanto a saúde mental da criança que passa muito tempo no celular é afetada. Afinal, todo o mecanismo do sistema de recompensa cerebral é acionado quando os pequenos se expõem excessivamente a conteúdos que trazem gratificações (pontos em jogos, likes em redes sociais etc). 

Como consequência, as funções cognitivas, que ainda estão em formação, são expostas e podem ser danificadas, fazendo com que a criança perca o controle dos impulsos e a inibição, por exemplo.

Portanto, cuidar para que a criança no celular não exponha demais a essa dinâmica é fundamental para preservar sua saúde mental e seu desenvolvimento cognitivo.

Reflexos na saúde física

Assim como a saúde mental, também é necessário preservar a saúde física dos pequenos. Pois não é difícil imaginar o quanto horas e horas em frente às telas podem ter reflexos negativos no corpo, que passa muito tempo parado. 

Esse é um fator que vale para todos nós, mas nas crianças se reflete de modo ainda mais danoso. Crianças são seres que precisam de movimento, pois seu desenvolvimento motor depende disso. Portanto, pais e mães devem ter cuidado para não permitir que seus filhos troquem atividades como correr, pular, jogar bola, pelos dispositivos eletrônicos na maior parte do tempo.

Perigos do uso excessivo do celular

É certo que a tecnologia traz muitos benefícios para a vida de todos, inclusive das crianças. Seja com novas ferramentas de aprendizado ou mesmo para o entretenimento. Contudo, o uso excessivo de dispositivos móveis também traz prejuízos.

Como exemplo, podemos citar a mudança na dinâmica familiar. Se décadas atrás todos se sentavam juntos à mesa para o jantar no fim do dia, hoje cada um fica com seu celular, comendo em frente à TV ou no quarto mexendo no computador.

Dessa forma vai se criando um distanciamento entre pais e filhos, e o diálogo, tão importante para cultivar os valores e sentimentos, dá lugar a um tipo de individualismo e, consequentemente, solidão.

Além de questões familiares, o uso excessivo do celular afeta os pequenos em outras áreas e questões, como as seguintes:

Qualidade do sono

Um estudo publicado em 2018 pela revista “The Lancet Child & Adolescent Health” mostrou que o excesso de tempo de exposição às telas está associado a uma piora na duração e na qualidade do sono de adolescentes e crianças.

Isso ocorre porque a luz das telas acaba estimulando o cérebro, e por isso há uma recomendação, que vale também para os adultos, de que haja um limite de até duas horas antes de dormir para utilizar aparelhos como celular, tablet, televisores e laptops.

Depressão

Criança no celular pode desenvolver depressão. Estudos feitos por especialistas apontam que a exposição às telas por mais de duas horas diárias pode causar mudanças de humor repentinas e trazer sintomas de depressão e ansiedade.

Os padrões estabelecidos nas redes sociais, que mostram uma felicidade permanente, que é irreal, corpos e modelos perfeitos, além do chamado cyberbullying, acabam gerando sentimentos de frustração, tristeza e solidão.

Obesidade

O desenvolvimento da obesidade está associado à diminuição da atividade física que comentamos anteriormente. O tema já foi estudado pela Associação Americana do Coração (AHA) em 2018. A pesquisa aponta que o uso exagerado de aparelhos eletrônicos leva as crianças ao sedentarismo.

Esse novo padrão de comportamento associado a uma alimentação baseada em fast foods e industrializados tende a agravar ainda mais o problema.

Como controlar o tempo de uso do celular de acordo com a idade?

O grande dilema da família é saber como controlar o tempo da criança no celular. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), crianças com menos de 2 anos não devem ter contato com dispositivos eletrônicos. A partir dessa idade até os 5 anos, o tempo recomendado para o uso de telas é de, no máximo, uma hora diária.

Algumas recomendações que podem ser seguidas são:

  • crianças de até 1 ano e meio devem ser expostas às telas somente acompanhadas de um adulto para chamadas de vídeos com amigos e familiares;
  • com 2 anos, somente conteúdo educativo deve ser consumido, sempre com a presença de um adulto;
  • entre os 2 e os 5 anos, é possível deixar os pequenos assistindo conteúdos de entretenimento por 1 hora ao dia, aumentando um pouco esse tempo aos finais de semana;
  • a partir dos 6 anos, as crianças precisam ser orientadas sobre o uso responsável das redes, sempre controlando o tempo de exposição às telas para que não ultrapasse 3 horas diárias.

No entanto, sabemos que é bastante difícil ter um controle adequado, sobretudo por conta da rotina atribulada que as famílias vivenciam. Afinal, é comum os pequenos passarem o dia sob os cuidados de outras pessoas. Portanto, é preciso que toda a rede de apoio esteja comprometida com o cuidado de evitar que a criança se exponha às telas em demasia.

Como reduzir o tempo da criança no celular?

O cenário ideal seria evitar ao máximo o uso de telas pelas crianças. Mas sabemos que proibir isso pode gerar um desgaste e, de certo modo, até prejudicar a criança, que em algum momento precisará fazer uso de celular, tablet e outros aparelhos. 

No entanto, existem algumas técnicas que podem ajudar a diminuir o tempo da criança no celular e levá-la a se interessar por outras atividades.

Um exemplo é montar uma programação que inclua atividades diversas ao longo do dia. Isso não significa sobrecarregar a criança com uma agenda lotada de tarefas, mas de criar outras possibilidades divertidas e criativas que a afastem do celular. 

Dessa forma, não deixe de incluir brincadeiras “à moda antiga”, como amarelinha, pique-esconde, ou até mesmo montar quebra-cabeças. Jogos de tabuleiro, bambolê e outros brinquedos clássicos são atemporais, e podem ajudar muito no desenvolvimento dos pequenos.

Além disso, não se esqueça dos livros! A leitura é parte importante da infância e cabe aos pais estimulá-la. Comece com gibis, livros com historinhas ilustradas. Com a idade, comece a introduzir livros com mais textos, dando preferência aos clássicos da literatura infantil.

Enfim, existem muitas possibilidades que podem tirar a atenção da criança no celular para outros modos de aprender e se divertir, seja em família ou com amigos. Os passeios ao livre, jogar bola, andar de bicicleta… Ter tempo de qualidade para além das telas e da internet irá contribuir muito com o crescimento do seu filho ou filha.

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Educação Infantil – dos 3 aos 5 anos

Entendemos que os conhecimentos são formados a partir das experiências das crianças, das interações, das brincadeiras e da construção dos significados em relação ao contexto infantil. O nosso Projeto Político Pedagógico (PPP), elaborado de acordo com a BNCC, consolida como direito da criança o aprender através do interagir e do brincar. Os materiais didáticos do Sistema Positivo de Ensino são recursos adicionais, usados como uma ferramenta a mais para encontrar inúmeras possibilidades de investigação, linguagens, interações e brincadeiras que despertem o interesse da turma, validando o processo pedagógico democrático e feliz!

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09/11/2022
Kélen Oliveira